Olá!
Já se passaram vinte dias meu último
post. Ainda continuo sem internet na minha “casa”, por isso não consigo postar. Este texto está
pronto há dias...
Mas bem, já aconteceu tanta coisa
de lá pra cá, mas vou deixar pra contar no post seguinte. Agora vou falar do
meu trabalho: Au Pair (babá).
Antes de vir para a Irlanda eu já
pensava no que trabalhar. Li muito antes de fechar a minha vinda. Li blogs,
sites, muitas experiências boas, outras nem tanto. Mas uma certeza eu sempre
tive: eu queria ser Au Pair.
Pra mim, esta seria a melhor
forma de aprender a língua. Primeiro, porque eu iria morar com uma família e
ficaria em contato com o inglês full time. Afinal, o meu foco neste país é
aprender o bendito do inglês. Segundo e não menos importante, eu não precisaria
pagar aluguel, nem comida. Literalmente falando, teria casa, comida e roupa
lavada.
Em contrapartida, morar com uma
família, não se tem muita privacidade. Na maioria dos casos, digo em caso de Au
Pair live in, que se mora na casa, a Au Pair tem um quarto e tal, com tudo o
que precisa. O meu caso foi uma exceção.
Realmente, Deus tem sido muito bom e como disse um amigo esses dias, se as
coisas estão acontecendo desta forma, é porque eu mereço.
Além de ter uma família
excepcional, são incríveis mesmo. Eles construíram uma edícula nos fundos, bem
separada, onde tenho uma sala com uma mini cozinha para preparar meu café da
manhã e uma suíte com closet! Éeee, eu tenho um closet. Hahahaha.
Então, eu tenho tudo e mais um
pouco ainda do que buscava. O salário não é uma Brastemp, mas o custo x
benefício neste caso é o que conta.
Antes de chegar a Dublin, eu já
tinha me inscrito em sites de Au Pair, entrei em vários grupos no Facebook, mas
não adianta, você precisa estar aqui para conseguir, fazer entrevista, etc.
Pode até dar uma olhada no mercado, mas não tem como fazer nada antes. O ideal
é já vir com currículo preparado, seja para qualquer área, assim fica mais rápido
e fácil. Eu fiz o meu, mas nem precisei, porque consegui esse trabalho tão rápido,
quem nem acreditei.
Um dos sites que entrei e no qual
eu consegui o trabalho foi o Great Au Pair (http://www.greataupair.com/). Ele tem
acesso grátis, mas para ter maior chance de conseguir trabalho, você pode pagar
e ter disponível outras ferramentas. E foi isso que resolvi fazer. Eu não
queria correr o risco de ficar muito tempo sem emprego e ver o dinheiro ir
embora, mesmo algumas pessoas falando que se consegue de Au Pair rápido. Paguei
60 dólares no plano e em 2 semanas de assinatura recebi quatro ligações. A
última, da mãe da minha atual Host Family.
Eu estava na Escócia quando ela
ligou. Nem acreditei nas condições e o quão seria perfeito se desse certo. Ela
foi tão simpática. Expliquei que era estudante, que não poderia trabalhar full
time e ela me explicou como seria.
Eu teria de trabalhar 3x por
semana, terça, quarta e sexta, das 8h30 às 18h30. E ainda teria os finais de
semana livres, além é claro, da segunda e quinta que estudo e posso fazer o que eu quiser. Só não é 100% perfeito porque não poderia ir à escola todos os
dias, mas posso cursar 2x e compensar no próximo semestre. No final das contas,
colocando na balança, irei sair no lucro, pois estou empregada, ouvindo e
falando inglês todos os dias e não precisei parar de estudar como acontece com
muitas pessoas.
Depois de receber a ligação dela na Escócia, combinamos uma entrevista na casa na terça assim que eu
voltasse. Foi uma correria danada. Cheguei quase meio dia da viagem e às 15h eu
precisava estar lá. Estava exausta, mas sabia que não
poderia perder essa oportunidade. Fizemos a entrevista e ela fechou comigo de
cara. Ela é realmente uma simpatia. Uma querida. Tem a maior paciência comigo.
Faz até mímica quando não entendo. Coisa bem normal, aliás. Como era terça,
combinamos de eu ir na quinta para conhecer um pouco da rotina das crianças e
marcamos de fazer a mudança na segunda, dia 09 de janeiro. No próximo dia 09,
completarei um mês que estou com eles. Passa muito rápido mesmo.
Na segunda pela manhã ela foi me
buscar com os meninos. São três meninos (não vou falar os nomes para preservar a identidade e a segurança da família). O mais velho tem 3 anos. Ele tem uma personalidade bem forte. É bem chatinho, às vezes. Muito
manhoso e não gosta de abraços e beijos. E eu como sou praticamente a Felícia,
fico triste. hahaha. Mas fazer o quê, criança é assim mesmo. Agora, os gêmeos.
Ahhh, eles são demais! Uns amores. Eles têm 1 ano e meio. Me abraçam, beijam, me chamam pelo nome o tempo todo. Delícia mesmo. Uns
olhos azuis de doer e as bochechas mais rosadas do universo. Cabelos loirinhos,
com uns cachinhos nas pontas. Demais.
A rotina é até tranquila, é que
cuidar de criança e três ainda, requer muitos cuidados, atenção o tempo todo,
brincar, jogar, pular, contar histórias, ver desenho, preparar o almoço, trocar
fralda, dar frutas, suco, e isso realmente cansa. No fim do dia tô caindo pelas
tabelas. Ainda bem que são três dias, não sei como as outras meninas que
trabalham a semana toda aguentam, ainda mais que a maioria delas, limpa,
cozinha, etc. Eu apenas esquento o almoço e passo aspirador na sala, onde tem
mais bagunça. As vezes, dou uma limpada na cozinha por conta própria e a mãe fica toda feliz e me agradece. Um dia desses ela limpou a geladeira e me chamou
correndo pra me mostrar o que tinha feito. Achei muito engraçado. Eles
realmente não têm o costume da limpeza.
O que mais pegou pra mim no
primeiro dia foi o inglês das crianças. O inglês irlandês já é muito difícil,
rápido e enrolado, imagina o de crianças irlandesas? Ainda mais que elas falam
tudo pela metade, assim como no Brasil, que em vez de falar mamadeira, por
exemplo, algumas falam dedera ou outros nomes. Foi foda. Fiquei com medo mesmo.
Um dia, o mais velho foi comer e eu queria que ele lavasse as mãos e me
confundi. Em vez de falar whash, falei shower. Ele desatou a chorar. E eu não entendia o porquê. Até que a mãe falou, não shower, whash your hand. Ahahahahahaha. Foi muito engraçado. Ele
achou que tinha que tomar banho...rsrs.
Já no segundo dia, parecia que o
inglês tava um pouco mais limpo. O pai e mãe sempre me perguntavam no final se
eu tinha entendido o que eles queriam dizer, etc. Facilitou bastante. E eu já
sabia do que os meninos gostavam. O que tinha que passar no biscoito por
exemplo. O mais velho quis tomar sorvete um dia desses e eu não entendia de
jeito nenhum o que era. E ele chorava, chorava. Até que a ficha caiu e entendi
o bendito do Ice Cream. Hahahahah. Jesus.
No mais, quando eu não entendo,
peço pra me mostrarem. Eu entro às 8h30. Saio da minha “casinha” e vou pra
“casona”. É bom não ter que pegar trânsito. Hahaha. E fico lá o dia todo, até
quando o pai e a mãe chegam do trabalho. Aí venho pra minha casa, tomo banho,
fico por aqui o resto da noite, quando não tem nada pra fazer na rua.
A primeira vez que os levei ao
parque foi muito engraçado! Tem um parque bem perto chamado Clontarf, é incrível,
enorme. Fui pra lá com eles e quase enlouqueci. Eles começaram a correr e eu atrás
gritando, com medo de eles se perderem no meio das árvores. Foi tenso. Uma hora
eles começaram a correr atrás de um cachorro e não paravam mais. Quase tive um
troço! Kkkk. Mas depois de muito custo, consegui colocá-los no carrinho e levei
pro Playground. Lá foi mais tranqüilo, porque era mais fechado e tinha os
brinquedos.
Agora, depois de quase um mês,
está mais tranqüilo. Não menos cansativo. É bem puxado. Mas está tudo bem. Já
sei toda a rotina. O mais velho agora que começou a fazer xixi na calça. Não sei
porquê. Conversei com a mãe sobre isso e ela acha que é porque talvez eu não esteja
dando muita atenção pra ele, por causa dos bebês. É possível, afinal, criança com
ciúme é complicado. Eu acho que ele tem ciúmes dos gêmeos. Vou me atentar
mais a isso.
Essa é a fotinho que postar de um deles comigo! rs. Ficou linda.
Vou aproveitar e deixar uns sites
de empregos aqui pra vocês. Vale lembrar, que é importantíssimo se cadastrar
nos grupos do Facebook. Lá tem muita oferta.
AU PAIR
DIVERSOS
beijooooooo e boa sorte na sua procura!