segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ás vésperas das eleições, São Paulo vive mais uma noite de terror

Boa noite, pessoal!

Infelizmente como jornalista, às vezes, ou na maioria das vezes, é necessário, é prudente, dar notícias ruins. Se bem, que do meu ponto de vista, nem sempre é ruim. Pode ser ruim para algumas pessoas, pode ser bom para outras. De novo, depende do ponto de vista. De como se encara a vida, do tipo de vida que se leva. Ou a classe social em que se está inserido.

Estava voltando de uma consulta hoje no Pacaembu, com minha irmã Angélica, e inclusive passamos no Estádio pra ver se eu conseguia comprar ingresso para o jogo Corinthians X Botafogo desta quarta, mas demos com a cara na porta. A bilheteria havia fechado às 17h e chegamos lá às 17h45. Droga. Bom, fica pra próxima. Se alguém tiver um ingresso legal ai sobrando, me avisa. A mim e aos meus 3 amigos que queremos ir. Enfim...TV de novo.

Voltando ao assunto do título. Entramos na Marginal Pinheiros, depois de sairmos do Pacaembu, já no sentido de sempre: Zona Sul, Morumbi, Santo Amaro, João Dias, Piraporinha. No caminho, perto da ponte do Morumbi, começamos a perceber uma movimentação estranha, os carros voltando na contra-mão, as pessoas atônitas, ninguém entendendo nada. Eu tava até dormindo, mas quando me dei conta de que minha irmã tava nervosa com alguma coisa, acabei acordando. E foi então que percebi e perguntei o que estava acontecendo para um cara que estava dando meia volta. Ele disse que uma favela tava pegando fogo. Eu tinha ouvido falar que outra favela já tinha pegado foto um dia desses, mas achei que fosse coisa "normal", tipo um botijão de gás que tivesse explodido, ou um colchão que tivesse pegado fogo.

Bom, depois do que vi hoje, eu tenho certeza que não. As imagens que vocês verão a seguir retratam o caos em meio a favelas, Shopping Cidade Jardim, Ponte Estaiada, Rede Globo, Real Parque e muitos outros bairros chiques e não tão chiques. O abismo social no meio do pandemônio formado por barracos em chamas.

Eu me lembrei na hora, de quando o PCC atacou São Paulo e todo mundo ficou em pânico e as pessoas começaram a sair dos seus trabalhos às 14h pra ir pra casa. É lógico que ninguém ia conseguir chegar rápido, já que todos saíram ao mesmo tempo. Eu acabei saindo do escritório na época, na Vila Olimpia, às 16h. Só sei que cheguei em casa às 20h. A cidade inteira, no seu mar de gente e de carros estava em, posso dizer tranquilamente, numa mistura de pânico, curiosidade, vontade de estar em casa ou qualquer outro sentimento, que não pude captar. Embora, uma coisa tenho certeza. Muita coisa de lá pra cá mudou. 


E o que aconteceu, hoje e semana passada, é mais uma prova de que o povo, a voz de Deus, a classe C/D/E, está mais que viva.

A seguir, várias imagens do dia de hoje que retratam a mesma história sob diferentes pontos de vista.





bjos e boa noite!