quarta-feira, 6 de abril de 2011

Comprar amor?

Olás! Sei que estou super relapsa (será que é tudo junto pela nova norma? não vou pesquisar agora) com o blog, não tenho postado praticamente nada, mas prometo que vou melhorar.

O que quero colocar hoje é um texto que li e achei simplesmente fabuloso. Chama-se Mercadologicamente, o amor. Uma forma bem peculiar, digamos, de se analisar este sentimento que permeia a todos, mas nem sempre é aceito, compreendido ou mesmo sentido. Será só ironia?

O autor é Renato Novi, um publicitário de apenas 29 anos, mas com muito talento, pelo visto. Vale a pena ler tudo.




MERCADOLOGICAMENTE, O AMOR.

Há aqueles que dizem que o amor não pode ser comprado. O que não percebem estes é que estão se equivocando. Não pelo ação, mas pela moeda.
O amor se compra, sim! Mas não da mesma forma que compramos carros, comida ou artigos de luxo. O amor se compra com outra moeda: com carinho, dedicação e respeito e nem sempre está à disposição.
Porém, nesse supermarket do amor, muitos estão classificando o produto em categoria errada.
Há aqueles que o colocam como um “bem de conveniência” - daqueles que você pega em qualquer esquina, despreocupado, despretencioso, descomplicado, porém, talvez, não desnecessário.
Sorte desses que se contentam com este tipo de bem. Afinal, é o mais fácil de se encontrar (e de se desfazer depois). Mas na essência, isso não é amor. Pode ser tesão ou algo do tipo, mas não é amor.
Já há aqueles que classificam o amor como um “bem de compra comparada”.
O que também é um tremendo erro (ao menos que você seja bigamo!) Afinal, um já foi e o outro ainda será… como será? Xiii.. isso só o tempo vai poder dizer. Não dá para ter Rock’n’Roll e Sertanejo no mesmo palco. Gostou? Escolhe um e leva! Mas a gerência avisa: não devolvemos seu dinheiro (nem seu tempo perdido, nem as noites mal dormidas). E cuidado com os artigos em liquidação.
Assim, resta-me acreditar que o amor é um “bem de especialidade”.
Aquele produto que possui características singulares, e que um determinado consumidor deve estar disposto a fazer um esforço extra para adquiri-lo.
Para essa categoria, nada basta... algumas vezes todos elementos são necessários, as vezes quase nenhum, mas tudo ou nada, jamais será certeza de fechar negócio. Esse espiral sempre precisará ser alimentado, e sempre será uma incógnita. Com tudo ou nada, nada é certo, e tudo é incerto.
Ah, mas quando for certo, acabou... Acho que por isso que é tão interessante.
Enfim, esse é o amor, por um jovem, sonhador, publicitário e caminhando.

*Ah! Não esqueci! Há também a categoria dos “bens não-procurados”.
(Mas essa categoria é para os desiludidos, o que não é meu caso, então não vou nem comentar.)

Renato Novi