segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Olhos Azuis


Primeiro final de semana fora de casa. Fora do Brasil. Primeira semana. Para mim completa um ciclo. Normalmente, quando se viaja e dá uma semana, a gente já começa a sentir falta de casa, das nossas coisas, da nossa cama...Também estou sentindo isso, mas tem uma diferença: minha casa é aqui agora, minha cama é qualquer uma, que tenha um lençol limpo. Minha família são esses brasileiros que assim como eu vieram em busca de um sonho, de uma vida melhor. Minhas coisas estão aqui, dentro da mala ainda, à procura de espaço, de um canto para se arrumarem. E não estou nem um pouco incomodada com isso...

Muita gente diz que a primeira semana é a pior. Eu achei tudo ótimo. Não tive nenhum problema.

Tantas emoções, sensações...Não tem como explicar tudo que estou sentindo.  Só vivendo isso aqui para saber. Estou muito, muito feliz. Mas tenho meus medos, minhas dúvidas, minhas angústias. E quando elas batem, não tenho aquele abraço, aquele consolo, que só a gente sabe o quanto é importante. E o jeito é esperar o tempo passar, o que aqui se resume às vezes, a algumas horas. Mas ainda assim, no final de tudo, quando a gente deita, o pensamento vai até aquelas pessoas que nos amam e nos conhecem tão bem e sabem apenas no tom de voz como estamos.

Em Dublin, não sei as outras cidades da Irlanda, mas deve ser assim, também, é um lugar de pessoas com olhos azuis. Nunca tinha visto tantos na minha vida. Acho que 99% das pessoas daqui têm. E que olhos, que pele. As mulheres são lindíssimas. Os homens nem tanto...

Domingo de manhã estava no centro, voltando pra casa, peguei o Luas (trem) e me sentei em frente a uma garota, devia ter uns 17 anos. Me lembrou muito a Avril Lavigne. Como ela era linda. E que olhos. Mas os olhos daqui às vezes são tão vazios. É estranho. E aquele par de olhos começou a chorar. As lágrimas daquela menina caiam e eu fiquei pensando o que tinha a levado a mostrar essa emoção, na frente de todos, porque as pessoas aqui são muito frias. Elas geralmente não esboçam reações, não riem. A gente faz piada, ri alto e elas continuam lá. No mundinho delas.

A minha vontade era de perguntar se tava tudo bem. Mas eu sabia que ia receber uma resposta torta, de canto de boca. E o trem seguiu e ela continuava secando as lágrimas. Até que não me contive e perguntei em inglês se tava tudo bem. Ela disse que sim. Mas eu insisti e ela disse que estava com alergia. Hahahaha. Não sei se ria, se acreditava ou não, enfim...

Por que mencionei isso logo em seguida do meus comentários? Pode parecer que não tem nada a ver, mas nós brasileiros somos um povo muito abençoado. Nós temos o sol. Cara e bem ou mal, isso faz muita diferença. O índice de mortes em Dublin por assassinato é baixíssimo, mas em compensação por suicídio é assombroso. E por quê? Pela falta de sol, de calor. E acho que mais ainda, pela falta de calor humano...

É claro, é bem simplista isso que tô dizendo. Existem muito mais coisas por trás disso, mas começa por aí. E também, conversando com uma menina que é Au Pair (babá), a Mandy, uma querida, ela disse que os pais para quais ela trabalha são muito amorosos, acompanham de perto a educação dos filhos, abraçam, beijam...well...culturas, educação...Tanta coisa diferente em poucos dias...



Por outro lado pude ter o prazer de conhecer senhoras extremamente simpáticas. Um outro dia no Luas, de novo, sentei ao lado de uma senhora e ela disparou a falar. E como já mencionei o inglês deles é muito rápido e enrolado. É difícil entender. Expliquei pra ela que não falava muito bem, que era brasileira e ela se abriu toda. Começou a falar mais devagar, perguntou se estava gostando, se tinha visto a neve, se ia passar o Natal e o Ano Novo aqui. Disse que não, que ia pra Escócia. Ela gostou, disse que era muito bom lá, etc...Adorei esse contato. Adoro conversar com as pessoas assim, nativas. O inglês solta e melhora o listening.

Na fila da loja Penneys também com outra senhora foi assim. Ela ria, ria, falava e a gente não entendia nada. A Nick na cara dela literalmente, falava “moça, não to entendendo nada do que você tá falando”. Mas a gente ria tantoooo! E ela achando que estávamos entendendo tudo. A gente fala o que quiser dentro dos lugares e as pessoas nem ligam, não olham. É muito divertido. De vez em quando esbarramos num brasileiro, o que é na verdade, bem comum.

Fomos num almoço no domingo na casa de uns brasileiros de Porto Alegre e na volta precisava muito comprar um secador de cabelos. Passamos no Jervis, shopping famoso daqui e compramos um pela bagatela de 10 euros! Muito barato. Não sei se presta, mas tá valendo. Não trouxe o meu super do Brasil porque é 110 e tudo aqui é 220.


Na saída, passamos em frente a um Spar, mercadinho mais caro que tem aqui e como não tínhamos algumas coisas para tomar café, resolvemos entrar pra comprar. Estávamos procurando açúcar e não estávamos encontrando. Resolvemos perguntar pro moço que trabalhava lá. E a gente se esforçando e tal para falar as palavras certas e o cara me solta: “Ah açúcar?” hahahahaha. Caímos na gargalhada. Oh Raça! Mais um brasileiro. E é claro que a Nick não perdeu a oportunidade de perguntar como fazia para conseguir emprego lá! Rsrs.

Saímos e fomos pegar o Luas. Moramos na estação Suir Road. Depois da Ri Alto. É muito engraçado. No caminho, de novo, sentei ao lado de uma senhora e ela desatou a falar. E eu achei que ela ia só falar alguma coisinha e não dei muita bola. Mas ela não parava mais. Então expliquei de novo que não falava tão bem etc. Mas o que veio em seguida, tive que me conter para não chorar de rir! Falei que era brasileira e ela se espantou. Pegou no meu cabelo e perguntou: “Nossa, mas seu cabelo é loiro natural? E tem loiros assim no Brasil???” hahahahahahahahah. Ai gente, realmente, as pessoas tem uma visão bem equivocada do Brasil.

Ai ai, gente. Demais.

Aqui acontece tanta coisa em tão pouco tempo, que não dá pra escrever tudo. Os posts ficam enormes. Vou tentar não dar muito espaço entre um e outro. Nesse meio tempo, fui em uma festa com mais brasileiros. Mas não curti muito. Sou careta pra algumas coisas e fingir que é normal, que tá tudo bem, não é comigo...

No sábado fui ao The Meez, restaurante brasileiro, comi feijoada e tinha pagose ao vivo. Só os antigos. Eu que não sou chegada, adorei. Me diverti muito e dancei muito. Foi muito gostoso. Fui com a Nara e com a Nick e lá conhecemos a Alessandra e outras pessoas muito legais.

Ahhh, vale muito mencionar que no domingo, também, falei pela primeira vez pelo telefone com uma mãe de uma host family – família que contrata Au Pair. Vi num site que ela precisava e tinha o telefone e com a cara e a coragem, liguei. Ela foi super simpática. Me enrolei um pouco, mas consegui me comunicar. Vou aguardar agora o retorno dela para marcar a entrevista pessoal.

Além disso, vi de verdade a neve! rsrs. Emoção!

Os Irishis falam sorry para TUDO. Tanto para pedir licença quanto para se desculpar. Nem uso o excuse me. Só Sorry! :D



                                                  Frente da minha casa

Bom, já tá bom. Amanhã tem mais. Meu PPS chegou e preciso ir ao banco abrir minha conta! Finalmente.

bjuuuuuuuuuuuuu

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

E na Ilha verde...


Oieee!

Hoje foi um dia muito, muito bom. Fizemos tanta coisa. Fomos à escola elaborar o currículo, depois ver um apartamento, pois estou na acomodação da escola por apenas duas semanas. Com meus novos amigos Edon e Nick, decidimos que vamos morar juntos, por isso tem que ser um local com três vagas. Adoramos o apê. Lindo. Vamos ver se conseguimos mais duas pessoas para dividir, pois fica muito caro. Aqui é normal ter genet entrando e saindo das casas. E todas as casas vem equipadas. Não é preciso comprar nada.

Saímos de lá e fomos fazer nossa primeira volta no ônibus na cidade. Aquele de dois andares que a gente sempre acha que só existe em Londres. Foi muito engraçado. Nos divertimos horrores. Bando de caipiras. E pra variar, sempre se encontram brasileiros. Tinham três de Porto Alegre.


Com o ônibus fomos ao Centro, ainda não sabíamos ao certo o que fazer, mas queríamos andar. Andamos, tiramos fotos, choveu, fez sol e no meio do caminho a Nick conheceu a Bruna, uma mineira que estava na cidade há três dias também, mas pasmem, ela conhecia absolutamente tudo. E nunca tinha vindo para cá! Ela nos levou pra conhecer alguns lugares e nos deixou numa pizzaria, pois estávamos morrendo de fome e não tínhamos almoçado ainda. O lugar era aconchegante, como todos aqui. O frio é tenso lá fora, mas dentro de todos os lugares é muito bom. Não lembro o nome da pizzaria, mas foi engraçado fazer o pedido. O balconista fala muuuito rápido e não conseguia entender o que ele tinha perguntado. No fim, deu tudo certo. Uma pizza grande e um refrigerante ficou em 3 Euros pra cada. E era uma delícia.

É incrível como os brasileiros se ajudam aqui. Dá gosto de ver. Estou surpresa.

Depois disso, fomos à Penneys again. Precisava comprar uma bota de neve. Depois de quase uma hora na loja, uma bota e um casaco pro Edon e um pra Nick, saímos e fomos encontrar o Stephen, amigo do Édon. Fomos a um pub chamado Thomas Readen, bem gostosinho. Quando estava lá, a Nara me ligou querendo me encontrar. Desde que cheguei, não havia a visto ainda. Como ela estava perto, foi até o pub e conversamos muito. O encontro foi emocionante.

Como já estava ficando tarde, estávamos desde às 11h na rua e já eram quase 22h, ela nos convidou para fazer um lanche na casa dela. Mais conversa, risos...Muito bom.

O dia aqui passa voando. Anoitece muito rápido nessa época do ano, lá pelas 16h, então se tem a sensação de que não se fez nada durante o dia. Andamos muuuuito aqui. As pessoas acham tudo perto. Tipo, ah, é 15 minutos do centro, ou 20 minutos. Pra mim isso em São Paulo era um absurdo. Mas aqui fica gostoso andar. Ainda estou bem perdida. Não saberia chegar nos lugares sozinha e a Nick e o Edon já tem mais noção do que eu. Mas como diz aquele bom e velho ditado: ”Quem tem boca vai à Roma”! Acredito muito nisso. É real. Quem não se comunica, se estrumbica. Literalmente.

Hoje o Stephen disse que meu inglês era muito bom, porque o Edon é amigo do cara e não fala absolutamente nada e a Nick entende um pouco, então sobrou pra mim ficar de interprete. Foi beeem legal. Fiquei muito feliz de poder falar um pouco mais. Me viro super bem.

Enfim, voltamos pra casa a pé, deu uns 40 minutos andando. Tava muito, muito frio. Mas no fim valeu à pena. Quando estávamos bem perto de casa, passamos pelo lago que corta o nosso bairro e percebemos que a água estava congelada. Rimos muito com o Edon tentando colocar a mão no gelo e nós com medo dele cair lá dentro. Depois de várias tentativas de jogar algum objeto na água e ver se realmente estava congelada e estava, seguimos o caminho e demos de cara com um bicho correndo. Parecia um gato, mas era uma raposa. Coisa de desenho animado.

E, ufa, fim de mais um dia. Hoje vai ser corrido também. Temos várias coisas pra resolver, o apê pra ir ver, a mala do Edon pra checar no aeroporto, porque se extraviou. Senta que lá vem história...

Mas queria dizer uma última coisa. Como essa vida é engraçada! Meu Deus. Que volta na minha vida. Estava lendo uns posts antigos. E peguei um que gosto muito, mas que faz mais sentido do que nunca na minha vida hoje, que é “Resolvi passar a vida a limpo”.

Quando escrevi esse texto, estava em São Paulo, desempregada. Era o mês do meu aniversário, março, e eu não estava lá aquelas coisas ainda por vários motivos que muita gente sabe, além de estar meses em casa sem trabalhar. Lendo esse post, quase chorei. Que louco. Eu escrevi aquilo que tinha tanto vontade de fazer e meu, tá aí! Na minha cara. Na minha vida. Tudo tá acontecendo. Se realizando. Louco, louco.

A vida não para, meu! Se a gente não vai pra cima, ela passa pela gente, que nem vemos. Deus é mais.



O post está aqui para quem quiser ler e checar por conta própria o que a força de vontade aliada ao desejo de vencer faz com uma pessoa que tava na merda. Agradeço TODOS os dias a Deus, à minha família que amo demais e aos meus grandes amigos! Sem eles não seria nada e não estaria aqui hoje, realizando um grande sonho.


PS. A minha barriga dói há exatos dois meses e quatro dias!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

De volta - Direto de Dublin (Ireland)

Oi, gente!


Olha eu aqui. Atendendo a pedidos resolvi voltar com o blog - muita gente me deu força e uma delas é o Rafa Pereira, meu grande amigo jornalista e parceiro. É, os posts no Facebook continuam, mas quero dar uma carinha pra isso aqui e ajudar outras pessoas que queiram vir para a Ilha Verde, assim como outras que não sabem nada sobre este país.


Bom, o nome continuará por enquanto Andréa Cordeiro Comunica, mas estou recebendo sugestões para trocar. Algo relacionado com Dublin / Irlanda / Loira, etc. Não queria nada óbvio, mas que facilitasse a busca no google.


O que posso dizer primeiramente desses 3 dias que estou aqui é que está sendo tudo muito bom. Uma nova descoberta pra mim, que nunca havia saído do Brasil, nem pro Paraguay tinha ido. E sair do país pela primeira vez e ainda morar realmente é uma tarefa no mínimo interessante! 


Não tive medo. Alguns disseram que fui corajosa, que não teriam essa coragem. Enfim, só sei que precisava fazer isso.


Tive alguns objetivos nessa empreitada: 


1- Estudar inglês - Estou no nível intermediário no Brasil - o famoso embromation, mas chegando aqui, você vê que não sabe muita coisa, principalmente porque o inglês Irish é muito, muito rápido. O mais rápido do oeste, diria um daqueles filmes de velho-oeste.


2- Viajar - E muito. Como não conheço nada fora, quero muito ir pra outros países, conhecer Roma, que é meu grande sonho como católica, o Papa, etc. Além de toda Itália, é claro, França, Grécia, República Tcheca, Espanha, entre muitos outros, que a estadia na Irlanda permite mais com facilidade e com preço muito mais acessível.


3- E por último e não menos importante, arrumar um trabalho que pague tudo isso! :D. Estou à procura. Quero muito tentar de Au Pair (babá), que me dá a possibilidade de morar com a família, não gastar com aluguel e comida e ainda aprender muito mais rápido o inglês!


Já postei algumas coisas sobre esses meus três dias. Alguns lugares que fui, coisas que descobri sobre a Irlanda. É tudo muito fascinante pra quem nunca saiu de um país como o Brasil e não tem ideia de como é a cultura e educação de um país de primeiro mundo. Só posso dizer que está sendo incrível.


Sem contar os amigos que estou fazendo. É lindo ver como os brasileiros se ajudam. Muito bom mesmo. Estou na casa da escola onde vou estudar inglês, a Seda e não tenho nada do que reclamar. Mário Bortoletto que foi quem me atendeu na Seda é um cara demais. Tem me auxiliado em tudo. Coitado, está sempre online e pronto pra ajudar. Acho que ele consegue ficar mais online do que eu! Eu simplesmente tô viciada em internet e Facebook! Obrigada, Deus pela tecnologia e por nos aproximar das pessoas que amamos.


Cheguei na segunda, às 13h30. No Brasil, eram 11h30. A diferença são de 3 horas, mas como está no horário de verão no Brasil, a diferença fica em 2. O Guilherme da Seda foi me pegar e antes de vir pra casa passamos numas lojas perto do aeroporto. Não dormi praticamente nada no vôo. A viagem foi tranquila, sem turbulências, mas foi muito cansativo. Me instalei e à noite fomos jantar num restaurante brasileiro com o pessoal da casa. Foi ótimo.


Na terça foi um dia cheio. Dia de ir tirar o PPS. Uma espécie de Pis brasileiro que te dá acesso a todos os "direitos" que estrangeiros têm no país, como tirar o visto de estudante de 1 ano (não precisa tirar do Brasil), procurar emprego, etc. Andamos muito.O Bob que nos acompanhou faz tudo a pé. Pra ele, tudo é perto, mas da minha casa até o centro, por exemplo, é meia hora. Mas foi gostoso. Conheci muita coisa.


E hoje, quarta, fui pra escola pela manhã e fomos ao centro de novo, porque precisava comprar alguns itens de higiene, entre outras coisas. Almoçamos num restaurante com comida brasileira chamado Mees. Muito bom. Arroz, feijão, bife, vinagrete e farofa! Um bom PF! Depois tomamos café na Starbucks e fomos ao mercado para nossa primeira compra. Na casa não tem comida inclusa, então temos que cozinhar ou comer fora e não é tão barato comer fora. Então...


Conheci muita gente. A maioria brasileiros. É inevitável. Acho ótimo esse primeiro contato. Dizem que não se aprende inglês ficando com os brasileiros. Eu não acho que seja assim. É claro que estar só com estrangeiros é melhor, mas dá pra aprender sim. Você é obrigado a usar a língua por várias vezes no dia. Valem citar algumas pessoinhas especiais: Mário, Carlos, Dani, Edon, Nick, Matheus, Nycholas, Murilo, Henrique, Carlos japa, Bob, entre outros!


Bom, esses foram meus 3 primeiros dias. Ainda quero ver que foco darei para o blog. Não sei se deixo ele genérico ou me aprofundo em algum assunto.


Por hora, gostaria de dicas de nomes!
Obrigada, amigos pelo incentivo, pelo carinho.
Saudades sempre.
bjo da "lora"



















quinta-feira, 30 de junho de 2011

Por que ter um blog?

Boa noite!


Nossa, já faz tempo. Quase três meses que não passava aqui. Mas depois de um incentivo, resolvi escrever, algo que faço muito bem e gosto. Preciso realmente exercitar mais esse dom.


Fiquei pensando sobre isso, principalmente no motivo que me levou a ter esse blog. Por que as pessoas têm blog? Nunca pensei na exposição em si, mas ultimamente tenho evitado me expor, seja aqui ou no Facebook, por exemplo, onde posto coisas mais genéricas. Talvez seja fruto do amadurecimento...


Eu comecei ano passado, já faz mais de um ano. Foi uma maneira que achei de me manter ligada quando me mudei para o Paraná. Na época, eu não era incentivada a isso (e tb não importa mais) e estava bastante impulsionada a manter esse espaço. Foram altos e baixos e hoje, num período de vida mais equilibrado, senti essa vontade novamente.


Quero apenas fazer um balanço de vida até agora. Digamos de seis meses para cá. Tanta coisa aconteceu, o ano já está na metade. Posso dizer que estou feliz. Não 100% realizada, pois acho que sou muito crítica em tudo que é relacionado à minha vida, seja pessoal ou profissional, mas feliz sim. Mas também quem é 100% realizado?


Ainda tenho muitos pensamentos, questionamentos que sei, nunca serão respondidos, mas se não for assim, do que vale viver? O dia que eu parar de me perguntar, me sentirei morta.


O objetivo de passar a vida a limpo proposto em alguns posts atrás continua. Algumas coisas realizei, outras serão realizadas e outras estão sendo. Guardo minha grana, mas não deixo que isso me domine. Vivo. E que delícia de vida. Que delícia de pessoas tem passado por ela. O saldo é bem mais positivo do que negativo.


Talvez, ter um blog seja isso. Poder falar, transcrever sentimentos, desejos, através deste meio que ficará para sempre guardado. E poder ler, reler e compartilhar experiências, vivências...


Acho que estou apaixonada...


...por mim! e...






grande beijo EF.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Comprar amor?

Olás! Sei que estou super relapsa (será que é tudo junto pela nova norma? não vou pesquisar agora) com o blog, não tenho postado praticamente nada, mas prometo que vou melhorar.

O que quero colocar hoje é um texto que li e achei simplesmente fabuloso. Chama-se Mercadologicamente, o amor. Uma forma bem peculiar, digamos, de se analisar este sentimento que permeia a todos, mas nem sempre é aceito, compreendido ou mesmo sentido. Será só ironia?

O autor é Renato Novi, um publicitário de apenas 29 anos, mas com muito talento, pelo visto. Vale a pena ler tudo.




MERCADOLOGICAMENTE, O AMOR.

Há aqueles que dizem que o amor não pode ser comprado. O que não percebem estes é que estão se equivocando. Não pelo ação, mas pela moeda.
O amor se compra, sim! Mas não da mesma forma que compramos carros, comida ou artigos de luxo. O amor se compra com outra moeda: com carinho, dedicação e respeito e nem sempre está à disposição.
Porém, nesse supermarket do amor, muitos estão classificando o produto em categoria errada.
Há aqueles que o colocam como um “bem de conveniência” - daqueles que você pega em qualquer esquina, despreocupado, despretencioso, descomplicado, porém, talvez, não desnecessário.
Sorte desses que se contentam com este tipo de bem. Afinal, é o mais fácil de se encontrar (e de se desfazer depois). Mas na essência, isso não é amor. Pode ser tesão ou algo do tipo, mas não é amor.
Já há aqueles que classificam o amor como um “bem de compra comparada”.
O que também é um tremendo erro (ao menos que você seja bigamo!) Afinal, um já foi e o outro ainda será… como será? Xiii.. isso só o tempo vai poder dizer. Não dá para ter Rock’n’Roll e Sertanejo no mesmo palco. Gostou? Escolhe um e leva! Mas a gerência avisa: não devolvemos seu dinheiro (nem seu tempo perdido, nem as noites mal dormidas). E cuidado com os artigos em liquidação.
Assim, resta-me acreditar que o amor é um “bem de especialidade”.
Aquele produto que possui características singulares, e que um determinado consumidor deve estar disposto a fazer um esforço extra para adquiri-lo.
Para essa categoria, nada basta... algumas vezes todos elementos são necessários, as vezes quase nenhum, mas tudo ou nada, jamais será certeza de fechar negócio. Esse espiral sempre precisará ser alimentado, e sempre será uma incógnita. Com tudo ou nada, nada é certo, e tudo é incerto.
Ah, mas quando for certo, acabou... Acho que por isso que é tão interessante.
Enfim, esse é o amor, por um jovem, sonhador, publicitário e caminhando.

*Ah! Não esqueci! Há também a categoria dos “bens não-procurados”.
(Mas essa categoria é para os desiludidos, o que não é meu caso, então não vou nem comentar.)

Renato Novi

sábado, 5 de março de 2011

Resolvi passar a vida a limpo

Resolvi passar a vida a limpo


Vou dar asas à imaginação
Não procuro mais os homens, deixo que eles me procurem
Não quero namorar (agora)
Não espero mais uma ligação ou na pior das hipóteses, flores, no dia seguinte
Vou sair mais
Vou rir mais
Vou ler mais, ver mais programas inúteis na TV
Ir ao cinema, teatro
Amar mais a família, amigos, meu bichano
Comer
Rezar (ir à missa)
Amar. Só se for amor que dói, de frio na barriga e muito recíproco
Sem medo de ousar
Deixar literalmente a vida me levar
Trabalhar
Juntar dinheiro
Viajar, conhecer novas pessoas, novas culturas
Me permitir
Chorar se for preciso
Já me vacinei de tudo o que podia me pegar
O que eu quero é mais beijar na boca
E ser FELIZ daqui pra frente. Completamente.

Autora: Andréa Cordeiro