domingo, 15 de janeiro de 2012

A Escocia (e alguns pensamentos)

(Este texto era para ter sido postado no dia 12, quinta-feira) Depois de um mês aqui na Irlanda, é, hoje faz um mês, consegui um tempinho para escrever. Os dias têm passado muito rápido e como escurece cedo, por volta das 16h, parece que não se fez nada o dia todo. Este post será dedicado à minha viagem de ano novo à Escócia. Num posterior, falo sobre o meu novo trabalho de Au Pair. Desde que cheguei em Dublin dia 12 de dezembro, fiquei sabendo que só teria aula no começo de janeiro, então eu teria ai quase um mês de “férias”. No começo fiquei preocupada com a grana, porque não tinha planejado ficar tanto tempo sem estudar e precisava encontrar um trabalho logo e sem estudar, eu sabia que ficaria mais tempo na rua, desta forma, gastaria mais. Fato. RS Realmente, gastei muito, mas posso dizer tranquilamente que valeu cada centavo!! Conheci muitas pessoas, lugares, que não existem palavras para explicar cada sensação vivida aqui em um mês. A minha idéia inicial de Reveillon, desde quando estava no Brasil era ir para Paris. Aquela coisa mágica da cidade luz me atraia muito. Só não tinha com quem ir. Estava praticamente decidida a ir e encontrar uma amiga que estaria dois dias de passagem por lá, quando o Mario me convidou para passar o fim de ano na Escocia com uma galera especial. Essa galera sem dúvidas, será a de muitas viagens daqui pra frente. Foi INCRIVEL! O melhor ano novo da minha vida. Primeiro pelo lugar. Fomos para a capital, Edinburgh. A cidade é relativamente pequena, mas linda de morrer. Os castelos, as construções, a natureza. Tudo é perfeito. Fizemos muitos passeios. Dois deles que vão ficar na memória pra sempre são o Castelo de Edinburgh, onde vimos a coroa da Rainha. Lá não podia filmar, nem fotografar, por isso não posso transmitir a imagem que está guardada na minha memória, mas foi indescritível.
Outro lugar foi Stirling. Dá quase uma hora de distancia de Edinburgh e é onde tem o Monumento de William Wallace, o patriota da Escócia. Aquele retratado no filme Coração Valente e protagonizado pelo Mel Gibson. Estar num lugar desses e fazer parte, de certa forma, da história, não tem preço. Muitas pessoas tem visões equivocadas do Brasil. Tipo, tem gente que acha que no Brasil só existe gente negra, ou índios. Assim como tinham pessoas que me disseram que na Escocia só havia homens de Kilt por toda parte e que era um saco escutar a gaita de fole o tempo todo. Mentira!!! rs. Na rua as pessoas se vestem normal. E preciso falar, oh povo feio. Nossa, Dublin não é um celeiro de gente bonita, mas Edinburgh ganha disparado de gente feia. Hahahah. E a gaita de fole só vi ser tocada na rua umas três vezes e isso que ficamos lá sete dias. Enfim...Eu não falo mais nada sobre outros países sem ter conhecido pessoalmente.
Conclusão, viajar é simplesmente uma das melhores experiências da minha vida. Quero conhecer muito mais lugares...É mágico. Existem sensações que nenhuma câmera no mundo poderá capturar.
Às vezes “viajo” quando estou sozinha, andando de Luas ou na rua e penso em tudo o que aconteceu na minha vida e como vim parar aqui. Não dá vontade de voltar. Se eu tivesse dinheiro ou condições mesmo, passaria a vida viajando. Conhecendo pessoas, culturas, comidas, lugares. No melhor estilo comer, rezar, amar. Até encontrar a minha cara metade, sossegar e ter uns dois ou três filhos... Não que eu realmente esteja procurando enquanto estou tendo esta experiência, mas nunca se sabe o que se pode encontrar por aí. Sonhar não custa nada. E estar desprovido de qualquer intenção neste sentido é a melhor maneira de aproveitar cada pessoa que passa pela nossa vida. Seja uma amizade ou um relacionamento. Em certos momentos pensei que eu deveria ter feito isso antes. Agora com 30 anos talvez fosse um pouco tarde para fazer tudo o que eu quero, mas lembro daquele clichê de que “nada é por acaso”. Eu precisava desse tempo pra mim. Me descobrir. Agora, por exemplo, são 2h30 da manhã. Estava super cansada por conta do trabalho e deitei cedo, por volta das 20h. Depois de algumas horas despertei e como não tenho internet aqui no meu “cafofo”, só na casa da host family e o alarme já estava ligado, pensei no que eu faria neste tempo de “insônia”. E está sendo ótimo ter este tempo literalmente sozinha. Sem internet. Sem televisão. Dá uma angústia em alguns momentos, o primeiro dia foi o pior. Mas, por outro lado, consegui dar uma limpada no meu note, consegui escrever este post. Dei uma estudada, repassada na aula de inglês. Vi alguns arquivos antigos, posts antigos que deixo gravado aqui e lendo foi me batendo uma vontade de deixar registrado tudo o que está acontecendo e daqui a alguns anos poder ler e saber que tive os melhores anos da minha vida. Então, é isso. No próximo post vou falar da experiência de cuidar de crianças, de morar com uma família que não é a sua. A rotina, a comida, etc. Até!