sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

E na Ilha verde...


Oieee!

Hoje foi um dia muito, muito bom. Fizemos tanta coisa. Fomos à escola elaborar o currículo, depois ver um apartamento, pois estou na acomodação da escola por apenas duas semanas. Com meus novos amigos Edon e Nick, decidimos que vamos morar juntos, por isso tem que ser um local com três vagas. Adoramos o apê. Lindo. Vamos ver se conseguimos mais duas pessoas para dividir, pois fica muito caro. Aqui é normal ter genet entrando e saindo das casas. E todas as casas vem equipadas. Não é preciso comprar nada.

Saímos de lá e fomos fazer nossa primeira volta no ônibus na cidade. Aquele de dois andares que a gente sempre acha que só existe em Londres. Foi muito engraçado. Nos divertimos horrores. Bando de caipiras. E pra variar, sempre se encontram brasileiros. Tinham três de Porto Alegre.


Com o ônibus fomos ao Centro, ainda não sabíamos ao certo o que fazer, mas queríamos andar. Andamos, tiramos fotos, choveu, fez sol e no meio do caminho a Nick conheceu a Bruna, uma mineira que estava na cidade há três dias também, mas pasmem, ela conhecia absolutamente tudo. E nunca tinha vindo para cá! Ela nos levou pra conhecer alguns lugares e nos deixou numa pizzaria, pois estávamos morrendo de fome e não tínhamos almoçado ainda. O lugar era aconchegante, como todos aqui. O frio é tenso lá fora, mas dentro de todos os lugares é muito bom. Não lembro o nome da pizzaria, mas foi engraçado fazer o pedido. O balconista fala muuuito rápido e não conseguia entender o que ele tinha perguntado. No fim, deu tudo certo. Uma pizza grande e um refrigerante ficou em 3 Euros pra cada. E era uma delícia.

É incrível como os brasileiros se ajudam aqui. Dá gosto de ver. Estou surpresa.

Depois disso, fomos à Penneys again. Precisava comprar uma bota de neve. Depois de quase uma hora na loja, uma bota e um casaco pro Edon e um pra Nick, saímos e fomos encontrar o Stephen, amigo do Édon. Fomos a um pub chamado Thomas Readen, bem gostosinho. Quando estava lá, a Nara me ligou querendo me encontrar. Desde que cheguei, não havia a visto ainda. Como ela estava perto, foi até o pub e conversamos muito. O encontro foi emocionante.

Como já estava ficando tarde, estávamos desde às 11h na rua e já eram quase 22h, ela nos convidou para fazer um lanche na casa dela. Mais conversa, risos...Muito bom.

O dia aqui passa voando. Anoitece muito rápido nessa época do ano, lá pelas 16h, então se tem a sensação de que não se fez nada durante o dia. Andamos muuuuito aqui. As pessoas acham tudo perto. Tipo, ah, é 15 minutos do centro, ou 20 minutos. Pra mim isso em São Paulo era um absurdo. Mas aqui fica gostoso andar. Ainda estou bem perdida. Não saberia chegar nos lugares sozinha e a Nick e o Edon já tem mais noção do que eu. Mas como diz aquele bom e velho ditado: ”Quem tem boca vai à Roma”! Acredito muito nisso. É real. Quem não se comunica, se estrumbica. Literalmente.

Hoje o Stephen disse que meu inglês era muito bom, porque o Edon é amigo do cara e não fala absolutamente nada e a Nick entende um pouco, então sobrou pra mim ficar de interprete. Foi beeem legal. Fiquei muito feliz de poder falar um pouco mais. Me viro super bem.

Enfim, voltamos pra casa a pé, deu uns 40 minutos andando. Tava muito, muito frio. Mas no fim valeu à pena. Quando estávamos bem perto de casa, passamos pelo lago que corta o nosso bairro e percebemos que a água estava congelada. Rimos muito com o Edon tentando colocar a mão no gelo e nós com medo dele cair lá dentro. Depois de várias tentativas de jogar algum objeto na água e ver se realmente estava congelada e estava, seguimos o caminho e demos de cara com um bicho correndo. Parecia um gato, mas era uma raposa. Coisa de desenho animado.

E, ufa, fim de mais um dia. Hoje vai ser corrido também. Temos várias coisas pra resolver, o apê pra ir ver, a mala do Edon pra checar no aeroporto, porque se extraviou. Senta que lá vem história...

Mas queria dizer uma última coisa. Como essa vida é engraçada! Meu Deus. Que volta na minha vida. Estava lendo uns posts antigos. E peguei um que gosto muito, mas que faz mais sentido do que nunca na minha vida hoje, que é “Resolvi passar a vida a limpo”.

Quando escrevi esse texto, estava em São Paulo, desempregada. Era o mês do meu aniversário, março, e eu não estava lá aquelas coisas ainda por vários motivos que muita gente sabe, além de estar meses em casa sem trabalhar. Lendo esse post, quase chorei. Que louco. Eu escrevi aquilo que tinha tanto vontade de fazer e meu, tá aí! Na minha cara. Na minha vida. Tudo tá acontecendo. Se realizando. Louco, louco.

A vida não para, meu! Se a gente não vai pra cima, ela passa pela gente, que nem vemos. Deus é mais.



O post está aqui para quem quiser ler e checar por conta própria o que a força de vontade aliada ao desejo de vencer faz com uma pessoa que tava na merda. Agradeço TODOS os dias a Deus, à minha família que amo demais e aos meus grandes amigos! Sem eles não seria nada e não estaria aqui hoje, realizando um grande sonho.


PS. A minha barriga dói há exatos dois meses e quatro dias!