Oieee!
Hoje foi um dia muito, muito bom.
Fizemos tanta coisa. Fomos à escola elaborar o currículo, depois ver um
apartamento, pois estou na acomodação da escola por apenas duas semanas. Com
meus novos amigos Edon e Nick, decidimos que vamos morar juntos, por isso tem
que ser um local com três vagas. Adoramos o apê. Lindo. Vamos ver se
conseguimos mais duas pessoas para dividir, pois fica muito caro. Aqui é normal
ter genet entrando e saindo das casas. E todas as casas vem equipadas. Não é
preciso comprar nada.
Saímos de lá e fomos fazer nossa
primeira volta no ônibus na cidade. Aquele de dois andares que a gente sempre
acha que só existe em Londres. Foi muito engraçado. Nos divertimos horrores.
Bando de caipiras. E pra variar, sempre se encontram brasileiros. Tinham três
de Porto Alegre.
Com o ônibus fomos ao Centro,
ainda não sabíamos ao certo o que fazer, mas queríamos andar. Andamos, tiramos
fotos, choveu, fez sol e no meio do caminho a Nick conheceu a Bruna, uma
mineira que estava na cidade há três dias também, mas pasmem, ela conhecia
absolutamente tudo. E nunca tinha vindo para cá! Ela nos levou pra conhecer
alguns lugares e nos deixou numa pizzaria, pois estávamos morrendo de fome e
não tínhamos almoçado ainda. O lugar era aconchegante, como todos aqui. O frio
é tenso lá fora, mas dentro de todos os lugares é muito bom. Não lembro o nome
da pizzaria, mas foi engraçado fazer o pedido. O balconista fala muuuito rápido
e não conseguia entender o que ele tinha perguntado. No fim, deu tudo certo.
Uma pizza grande e um refrigerante ficou em 3 Euros pra cada. E era uma
delícia.
É incrível como os brasileiros se
ajudam aqui. Dá gosto de ver. Estou surpresa.
Depois disso, fomos à Penneys again. Precisava comprar uma bota de neve. Depois de quase uma hora
na loja, uma bota e um casaco pro Edon e um pra Nick, saímos e fomos encontrar
o Stephen, amigo do Édon. Fomos a um pub chamado Thomas Readen, bem gostosinho.
Quando estava lá, a Nara me ligou querendo me encontrar. Desde que cheguei, não
havia a visto ainda. Como ela estava perto, foi até o pub e conversamos muito.
O encontro foi emocionante.
Como já estava ficando tarde,
estávamos desde às 11h na rua e já eram quase 22h, ela nos convidou para fazer
um lanche na casa dela. Mais conversa, risos...Muito bom.
O dia aqui passa voando. Anoitece
muito rápido nessa época do ano, lá pelas 16h, então se tem a sensação de que não se fez nada
durante o dia. Andamos muuuuito aqui. As pessoas acham tudo perto. Tipo, ah, é
15 minutos do centro, ou 20 minutos. Pra mim isso em São Paulo era um absurdo.
Mas aqui fica gostoso andar. Ainda estou bem perdida. Não saberia chegar nos
lugares sozinha e a Nick e o Edon já tem mais noção do que eu. Mas como diz
aquele bom e velho ditado: ”Quem tem boca vai à Roma”! Acredito muito nisso. É
real. Quem não se comunica, se estrumbica. Literalmente.
Hoje o Stephen disse que meu
inglês era muito bom, porque o Edon é amigo do cara e não fala absolutamente nada
e a Nick entende um pouco, então sobrou pra mim ficar de interprete. Foi beeem
legal. Fiquei muito feliz de poder falar um pouco mais. Me viro super bem.
Enfim, voltamos pra casa a pé,
deu uns 40 minutos andando. Tava muito, muito frio. Mas no fim valeu à pena.
Quando estávamos bem perto de casa, passamos pelo lago que corta o nosso bairro
e percebemos que a água estava congelada. Rimos muito com o Edon tentando
colocar a mão no gelo e nós com medo dele cair lá dentro. Depois de várias
tentativas de jogar algum objeto na água e ver se realmente estava congelada e
estava, seguimos o caminho e demos de cara com um bicho correndo. Parecia um
gato, mas era uma raposa. Coisa de desenho animado.
E, ufa, fim de mais um dia. Hoje
vai ser corrido também. Temos várias coisas pra resolver, o apê pra ir ver, a
mala do Edon pra checar no aeroporto, porque se extraviou. Senta que lá vem
história...
Mas queria dizer uma última
coisa. Como essa vida é engraçada! Meu Deus. Que volta na minha vida. Estava
lendo uns posts antigos. E peguei um que gosto muito, mas que faz mais sentido
do que nunca na minha vida hoje, que é “Resolvi passar a vida a limpo”.
Quando escrevi esse texto, estava
em São Paulo, desempregada. Era o mês do meu aniversário, março, e eu não
estava lá aquelas coisas ainda por vários motivos que muita gente sabe, além de
estar meses em casa sem trabalhar. Lendo esse post, quase chorei. Que louco. Eu
escrevi aquilo que tinha tanto vontade de fazer e meu, tá aí! Na minha cara. Na
minha vida. Tudo tá acontecendo. Se realizando. Louco, louco.
A vida não para, meu! Se a gente
não vai pra cima, ela passa pela gente, que nem vemos. Deus é mais.
O post está aqui para quem quiser
ler e checar por conta própria o que a força de vontade aliada ao desejo de
vencer faz com uma pessoa que tava na merda. Agradeço TODOS os dias a Deus, à
minha família que amo demais e aos meus grandes amigos! Sem eles não seria nada
e não estaria aqui hoje, realizando um grande sonho.
PS. A minha barriga dói há exatos dois meses e quatro dias!