segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Mais um ano...será que realmente não fizemos nada?

Olá, gente!

Depois de um tempo sem passar por aqui, resolvi escrever sobre o fim deste ano, já que está em vias de acabar mesmo.

Bom, primeiro queria falar sobre um assunto que sempre escuto quando o ano está por se findar, que é a seguinte frase: "Nossa, o ano tá acabando e eu não fiz nada!"

O que seria esse não fazer nada? Será que a pessoa se refere a comprar algo? Um carro, uma casa, trocar de emprego? Eu simplesmente acho que a gente faz tanta coisa, que podem ser pequenas, mas só nos apegamos às grandes.

Bom, agora posso falar abertamente sobre as minhas realizações deste ano. Eu sim, fiz muitas coisas. A primeira foi ter mudado de São Paulo. A ida à Maringá já foi uma grande realização. Deixei família, amigos, emprego, tudo pra seguir a uma pessoa que até então era meu marido.

Sim, a segunda coisa é a separação. Nossa, tantas emoções para apenas 365 dias. Nem sei o que dizer. Tanta coisa junta, sentimentos misturados...

Depois foi a volta à São Paulo. Começar de novo. Morar com a mãe, procurar emprego, retomar as amizades, que graças a Deus nunca me faltaram e sempre foram presentes, mesmo em outro estado. Aliás, obrigada, especialmente a algumas pessoas, além da minha família, claro, gostaria de agradecer profundamente à Claudia e ao Adriano, à Fabiane, Carol e Aline. Pessoas primordiais nesse novo renascimento.

Me sinto uma fenix mesmo. Renascida das cinzas. Essas pessoas, cada uma à sua maneira, me ajudaram muito. Existem outras, que sabem que estão no meu coração. Gostaria de agradecer a todas.

A adaptação à nova vida não é fácil. Ser solteira de novo não se aprende da noite pro dia, mas posso dizer que estou melhor do que esperava. Ainda bem que tenho minha mãe e minhas irmãs, com quem divido tudo.

E falando de 2010, de tudo o que aconteceu, fiz realmente muitas coisas, mas tenho certeza que a mais importante de todas é o aprendizado. É cair, e levantar, mesmo questionando porque, pra quê, por que eu? E saber que não adianta questionar, tem que seguir em frente. Tem que viver, fazer coisas que se gosta para que o tempo vá preenchendo o vazio, que no final das contas, nem é tão vazio assim. É reaprender a viver num lugar onde 18 anos já fizeram parte do meu cotidiano.

Gente, a vida não para! Vamos em frente. E que venha 2011 com suas provações e com suas felicidades, por que não?

Grande beijo e obrigada Senhor por mais este ano de vida.
Andréa

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mulher casa-se consigo mesma

Olá, pessoal!


Sei que essa noticia é um pouco velha, mas vale a pena ler. O que não faz uma pessoa para se casar! Será que falta de homem no mercado???


Veja o que ela diz sobre isso:


"Casar comigo mesma é uma forma de mostrar que sou confiante e que me aceito como eu sou", declarou Chen, que trabalha num escritório.


Matéria completa abaixo. Boa leitura e beijos.

http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/101107/mundo/taiwan_casamento_curiosa

domingo, 7 de novembro de 2010

Estatística do Blog! Show!

Olá!

Há um tempo estou querendo falar da estatística do meu blog e agora surgiu a oportunidade!

Estou muito feliz com os mais de 3 mil acessos e saber que o blog foi parar em países como a Rússia, Eslovênia, Japão ou França. É muito gratificante. Fica a sensação de trabalho cumprido!

Abaixo, os países e as visualizações de páginas por cada um.

Grande beijo. E bora acessar o Andrea Cordeiro Comunica. E quem não se comunica, se "estrumbica"! Acho que é assim que escreve...rsrs


Brasil
189
Portugal
35
Estados Unidos
16
Japão
3
Dinamarca
2
Eslovênia
2
Argentina
1
França
1
Reino Unido
1
Rússia
1



quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sou um milagre!

Oi!


Precisava postar essa música! É linda e fala sobre tudo o que sinto e quero.


grande beijo.


Usa-me, Senhor!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Um amor na Rua Direita.

Olá! Eu adoro escrever. Isso é fato. Adoro falar, mas amo, também, ouvir histórias, principalmente de pessoas mais velhas.



Rua Direita
Por isso, vou contar hoje uma história de um amor que nasceu na Rua Direita, sim, aquela do centro de São Paulo, pertinho da Sé.


Ela, Maria José, ele José Machado. Ou MJ e JM. Ela era minha vizinha quando eu morava no Chácara, vizinha de frente, era nossa guardiã, mais do que uma vizinha, uma mãe. Cuidava da nossa casa, da nossa chave, de nós. Não tenho palavras para agradecer a essa mulher por tudo o que ela fez e tem feito por mim, hoje, também. 


Eu precisava contar essa história. Uma de milhares que ela tem pra contar. E eu achava que era eu quem tinha memória de elefante. Ledo engano.


Então, tá. Vou começar. 


Hoje, Maria José tem 74 anos e seu grande amor, teria 77. É, teria...





Bom, em outubro de 1962, Ditadura, vésperas do Golpe Militar que viria em 64, Maria José, com então 26 anos, tinha saído de Recife, onde foi casada por 6 anos, veio a São Paulo, separada, sozinha, de mala e cuia, ou sem lenço, sem documento, tentar a vida pelas bandas de cá. Ela sonhava vir a São Paulo para comprar uma máquina de costura. Esse era seu sonho, que foi realizado, como muitos outros depois.


Praça do Correio
Maria José conseguiu um trabalho de doméstica em casa de família na Rua Iguatemi, aquela ali, perto da Faria Lima, no Itaim, e um certo dia, foi colocar uma carta no correio, como fazia todos os meses. Naquela época, não era como hoje que tinha correios espalhados ou caixas, ela precisou ir até o Anhangabaú postar a carta, na Pça do Correio. Colocou a carta, com dinheiro, endereçada à mãe. Uma ajudinha para as despesas, era o que ela podia fazer.


Ao voltar, parou na Igreja de Santo Antônio na Cidade (lembra quando chamávamos o Centro de Cidade?), na Rua Direita, na Pça Patriarca. Lá, ela fez 3 pedidos. Diziam que quando você chega numa igreja pela primeira vez, tem que fazer 3 pedidos que se realizam. 


Maria José fez os 3 pedidos: 
1 - Encontrar uma pessoa para lhe fazer companhia, para conversar
2 - Trazer a mãe para morar com ela em São Paulo
3 - Comprar uma casa para a mãe


É, Maria José tinha tanta fé, que não só a máquina de costura, ela comprou (o que eu creio que mais do que fé, se chama trabalho, suor), mas também, estes três sonhos, ela realizou. E ela nem precisou colocar o santo de cabeça para baixo!


Depois de fazer os pedidos, estava se virando para ir embora, quando avistou um grupo de boêmios, cantando na calçada e naquela época, os homens e mulheres andavam bem-vestidos. Tanto que ela percebeu um homem, de terno e gravata, bem arrumado, olhando pra ela. Maria José ficou envergonhada e temerosa, mas não foi embora. E enquanto apreciava a música, percebia que o cavalheiro continuava a olhá-la. Quando ela resolveu ir embora, eis que o rapaz a interceptou, polidamente, e perguntou-lhe se ela não era de São Paulo e logo pediu o seu telefone.


- Não sou, como sabes? disse Maria José.
- Pude perceber. Meu nome é José Machado e o seu?
- Maria José e sou de Recife.
- Eu sou de Minas Gerais, da cidade de Divinópolis. Me daria seu telefone?


Ela de vestido xadrez branco e azul e sapato branco, combinando com a bolsinha branca, doméstica e ele de terno, dono de uma barbearia na Brigadeiro Luiz Antônio


E eis que ali, na Cidade, no Centro, no berço de São Paulo, onde tudo acontecia e ninguém tinha medo de ficar até mais tarde, simplesmente ouvindo músicas de Demônios da Garoa, nascia um lindo e inesquecível amor, que duraria não apenas alguns instantes, mas 10 anos.


MJ e JM


Maria José e José Machado começariam a se ver constantemente e o romance que levaria 6 meses para ser concretizado, digamos, com algo mais íntimo, continuou entre muitos brigadeiros, sejam Faria Limas ou Luiz Antônios.


Até que um dia, eles discutiram e não se viram mais. E uma certa tarde, 6 meses depois, ela foi atrás, para saber o que tinha acontecido com Machado e descobriu que ele tinha falecido. Do coração. E...acabou...


É, talvez, ele não tivesse aguentado a perda daquela baixinha pernambucana, que muito alegrou o coração daquele mineirinho barbeiro, juntos na época, numa cidade que ilude, que dá o dinheiro, que faz sofrer, mas, também, que constrói amores, paixões.


Viva, São Paulo. E quem disse que a gente quer sair daqui? pra quê?