segunda-feira, 8 de abril de 2013

O dia em que eu fui noiva


Há 6 anos, mais precisamente em 10 de março de 2007, com 26 anos, eu realizava um sonho de menina. Entrar de véu e grinalda na igreja. Tudo foi perfeito, com toda pompa, com direito a clarins, dia da noiva num dos salões mais caros de São Paulo e festa para 350 pessoas.

Escrever sobre isso, postar essa foto, é uma grande vitória pra mim. Olha para ela já não me causa dor. Afinal, era uma mágoa guardada e agora me vejo livre de uma vez por todas de um passado com o qual eu havia sonhado há muito, muito tempo.

Hoje, estou livre. Me sinto livre. Sem mágoas, sem rancor. Livre de ressentimentos, de culpa. Demorou, mas chegou. Foram 2 longos anos de perguntas sem respostas, de choro, de lembranças. Muito me culpei por meu casamento não ter dado certo. Afinal, eu nunca tinha pensado em casar para separar. Pelo menos, é o que se imagina que a maioria pense, creio eu. 

Mas, um relacionamento não é feito por apenas uma pessoa. E sim, ele é feito de amor. O amor é e sempre será a base de tudo, que leva o respeito, confiança, segurança, fidelidade, etc, etc. Se tem amor, se tem todo o resto.

E hoje, sem sombra de dúvidas, posso dizer tranquilamente, que nenhum papel assinado escreve uma história de sucesso. Que um vestido caro, uma igreja florida e uma festa bombando, não é mesmo requisito de sucesso. Um matrimônio vai além disso. Eu podia ficar discorrendo muitas coisas sobre esse assunto, mas todo mundo que tem o amor da sua vida sabe o que é necessário para se conquistar uma família e um relacionamento duradouro. É chover no molhado.

Só queria mesmo escrever e me libertar de um passado, que hoje realmente não faz mais parte de mim. Sonhos de ter uma família? Sempre. Sonho de ser mãe, de ter um cachorro, um quintal, com crianças a correr. Quem não tem? Sou normal. Ainda acredito no amor verdadeiro, acima de tudo. Aquele que tudo pode, tudo suporta e tudo crê. E mais além, acredito num Deus que me proporcionará esse amor, na sua hora. No momento que tiver que ser. 

Já não tenho mais aquela pressa. Pra quê?

Ah, se eu soubesse tanta coisa, que sei hoje. Se eu soubesse o quanto é bom ter 30 e poucos anos e ser feliz consigo mesmo. Se eu soubesse que não preciso ter medo de ficar sozinha, as coisas teriam sido mais fáceis. Mas não foi assim. E talvez, por isso, eu esteja aqui hoje, num outro País, vivendo tantas coisas incríveis, que se eu estivesse lá, teria sido tudo diferente. Escolhas. São elas que nos fazem e nos dizem quem somos.

Eu não preciso de muito pra ser feliz. Um lugar pra morar, uma refeição boa, amigos pra contar e partilhar e família pra lembrar, mesmo que à distância...Vocês são minha razão. 

Meu coração agora, é só meu!